OMM prevê fim do El Niño e retorno do La Niña em 2024

O fenômeno El Niño 2023/2024, que impulsionou o aumento das temperaturas globais e das condições meteorológicas extremas no mundo, está dando sinais de acabar, informou nesta segunda, 3, a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Segundo previsões atualizadas da OMM, divulgadas em nota, é provável que haja um retorno ainda este ano às condições características do La Niña, fenômeno que corresponde ao resfriamento das águas superficiais do oceano Pacífico. As previsões indicam uma probabilidade crescente de surgimento do La Niña entre junho e novembro, com chances que chegam a 70% nos meses finais do período.

A transição para o La Niña pode trazer mudanças significativas na dinâmica climática global. O fenômeno, que forma uma “piscina de águas frias” no oceano, afeta o comportamento climático de maneira distinta ao El Niño, alternando padrões de chuva e temperatura. De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o La Niña atinge sua intensidade máxima no final de cada ano e geralmente se dissipa em meados do ano seguinte. A OMM destaca que os efeitos do La Niña variam conforme a intensidade, duração e a interação com outras variáveis climáticas.

A OMM também ressaltou que o padrão climático cíclico El Niño Oscilação Sul, que inclui os fenômenos opostos El Niño e La Niña, ocorre agora no contexto das mudanças climáticas provocadas pelas atividades humanas. Essas alterações estão agravando as condições meteorológicas e climáticas extremas, aumentando as temperaturas globais e afetando os padrões sazonais de chuva e temperatura. Segundo a OMM, as previsões sugerem persistência de temperaturas acima do normal em quase todas as áreas terrestres e precipitação acima do normal em regiões como o extremo norte da América do Sul, América Central, Nordeste africano, região do Sahel e áreas do Sudoeste asiático.

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