O governo de Israel afirmou nesta quinta, 16, que quatro batalhões do Hamas estão agora em Rafah, junto com os reféns capturados durante o ataque de 7 de outubro. No entanto, enfrenta pressão dos Estados Unidos, da Europa e das Nações Unidas para não invadir a cidade, onde centenas de milhares de civis palestinos deslocados estão abrigados. “A operação em Rafah ainda é limitada no espaço e nos alvos”, informou o porta-voz militar, tenente-coronel Nadav Shoshani, acrescentando que os ataques foram baseados em informações específicas sobre a atividade dos militantes.
No Norte da Faixa de Gaza, em Jabaliya, um campo de refugiados de longa data, as forças israelenses bombardearam o principal mercado. Em Rafah, quatro palestinos morreram em um bombardeio que teve como alvo uma residência no centro da cidade. No Sul de Gaza, os tanques mantiveram suas posições nos bairros orientais e nos arredores de Rafah, continuando com bombardeios aéreos e terrestres. Médicos revelaram à Reuters que um projétil de tanque israelense atingiu uma praça em Rafah, matando um palestino e ferindo vários outros, enquanto residentes relataram que grupos de casas nos arredores da cidade, para onde Israel havia orientado os civis a evacuarem, foram destruídas pelo exército.
Israel afirma que os ataques visam os militantes do Hamas. “Estamos operando em locais específicos de acordo com as nossas informações e onde sabemos que os terroristas do Hamas estão escondidos, e onde pensamos que podemos encontrar túneis ou infraestruturas terroristas ou munições de vários tipos”, disse o porta-voz Shoshani. O exército israelense permanece posicionado em Rafah, no lado palestino do ponto de passagem com o Egito, crucial para a entrada de ajuda humanitária. O Egito e Israel se acusam mutuamente pela interrupção dessa passagem, enquanto a ajuda humanitária não consegue passar pelo principal ponto de passagem com Israel, Kerem Shalom.
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