O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH) denunciou nesta sexta, 25, uma série de repressões violentas contra mulheres no Irã que optam por não usar o véu islâmico, conhecido como hijab, especialmente aquelas com idades entre 15 e 17 anos. Segundo Jeremy Laurence, porta-voz do Alto Comissariado, foram recebidos relatos alarmantes de detenções e assédio generalizados, além de relatos de policiamento agressivo em todo o país para garantir o cumprimento rigoroso das leis do hijab.
A polícia iraniana intensificou o controle sobre o cumprimento dessas leis nos últimos meses, aplicando-as de forma mais rigorosa e resultando em uma série de ações punitivas, como o fechamento forçado de centenas de empresas que não cumpriram as normas de vestimenta islâmica. Além disso, foram implantadas medidas de vigilância, incluindo o uso de câmeras de segurança para identificar motoristas que não estão usando o véu islâmico. Desde a Revolução Islâmica de 1979, as mulheres são obrigadas a cobrir os cabelos em espaços públicos, mas crescem os protestos contra essa imposição, especialmente após a morte de Mahsa Amini, em setembro de 2022, que desencadeou uma onda de manifestações.
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