Milhares de colombianos protestam contra reformas econômicas e sociais

Dezenas de milhares de colombianos foram às ruas neste domingo, 21, para rejeitar as reformas econômicas e sociais propostas pelo governo de esquerda do presidente Gustavo Petro, a mais recente de uma série de manifestações contra as políticas nacionais.

As reformas, que Petro diz que combaterão a profunda desigualdade, mas que os oponentes afirmam que prejudicarão a economia já em dificuldades, foram as principais promessas de campanha do líder de 64 anos, que assumiu o cargo em 2022.

Apesar do céu cinzento e da chuva, cerca de 70 mil pessoas participaram da manifestação em Bogotá, de acordo com estimativas do governo municipal, cantando “fora Petro”, agitando bandeiras nacionais e tocando trombetas antes de se reunirem na Praça Bolívar, no centro.

O protesto ocorreu depois que um comitê do Senado, no início do mês, rejeitou uma proposta de reforma da saúde. O projeto visava tirar o poder das seguradoras e expandir o acesso à assistência médica, já que o governo assumiu o controle de duas grandes seguradoras que, segundo ele, não haviam atendido corretamente os pacientes.

Espera-se que o governo proponha outra versão da reforma da saúde quando a nova sessão legislativa começar em julho. As reformas previdenciária e trabalhista ainda estão sendo debatidas pelos parlamentares.

“As políticas deste governo são terríveis. O sistema de saúde, apesar de suas falhas, estava funcionando e agora Petro está acabando com ele, mergulhando em uma crise os pacientes que não têm assistência médica ou de medicamentos”, disse Monica Leon, médica de 45 anos.

O contador Miguel Angel Larrota, 52 anos, disse que estava protestando contra a má governança e exigindo que Petro “não destrua o que funciona e acabe com a corrupção, que prometeu combater”.

Paloma Valencia, senadora do oposicionista Centro Democrático, partido político conservador fundado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, afirmou que a marcha reunia não apenas os opositores, mas também as pessoas que votaram em Petro há dois anos.

 

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