A Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima, em Brasília, denunciou nesta última sexta, 12, um caso de racismo ocorrido durante uma partida de futebol realizada no início do mês. Segundo a instituição, alunos do Colégio Galois, também da capital federal, proferiram palavras ofensivas aos estudantes da escola Fátima, como “macaco”, “filho de empregada” e “pobrinho”. Ambas são escolas privadas.
De acordo com a diretora-geral da Escola Nossa Senhora de Fátima, Inês Alves Lourenço, embora diversos responsáveis da outra instituição de ensino estivessem presentes no local, nenhuma providência adequada foi tomada no momento. “Os alunos agressores encontravam-se, em sua maioria, uniformizados, ou seja, estavam sob a guarda e responsabilidade do Colégio Galois, que, neste caso, mostrou-se conivente com a situação humilhante e vexatória vivida pelos alunos da Escola Fátima”, declarou em nota.
O Colégio Galois considerou os fatos expostos de extrema seriedade e informou que não está inerte ao ocorrido. O diretor pedagógico, Angel Andres, afirmou em nota que solidariza-se profundamente com os alunos e a comunidade da Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima que se sentiram ofendidos e magoados. Andres também ressaltou que uma investigação interna já foi iniciada para identificar os envolvidos e aplicar medidas disciplinares necessárias.
Neste sábado, 13, o Ministério do Esporte emitiu uma nota de repúdio condenando os atos de racismo ocorridos durante a partida entre os alunos. O comunicado expressa a indignação diante dos relatos de insultos racistas direcionados aos jovens, destacando que tais condutas são incompatíveis com os valores de igualdade, respeito e diversidade defendidos pela pasta.
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