Terra registra décimo mês consecutivo de recorde de calor em março, conforme relatório divulgado pelo programa europeu Copernicus nesta terça, 9. As temperaturas do ar e dos oceanos atingiram níveis históricos, com uma média de 14,14°C, ultrapassando o recorde anterior de 2016 em um décimo de grau. Esse aumento é 1,68°C mais quente do que no final do século 19, antes do aumento significativo das emissões de combustíveis fósseis.
Os cientistas explicam que o calor excepcional registrado não foi inesperado, especialmente devido ao forte El Niño, um fenômeno climático que aquece o Pacífico central e influencia os padrões climáticos globais. No entanto, grande parte desses recordes de calor é atribuída às mudanças climáticas antropogênicas, impulsionadas pelas emissões de dióxido de carbono e metano resultantes da queima de combustíveis fósseis.
Os dados alarmantes vêm à tona em meio aos esforços globais para combater as mudanças climáticas, com o objetivo estabelecido pelo Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Enquanto isso, a diretora adjunta do Copernicus, Samantha Burgess, ressalta que, embora o recorde de março não tenha sido tão excepcional quanto os do ano passado, é um indicativo contínuo das tendências preocupantes do aquecimento global.
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