Após uma reunião bilateral no Palácio do Planalto entre o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente francês Emmanuel Macron, nesta quinta, 28, Lula expressou surpresa com o impedimento do registro da candidatura de Corina Yoris nas eleições presidenciais da Venezuela, programadas para 28 de julho. A situação gerou preocupação e críticas, pois Corina Yoris, filósofa e professora universitária, não pôde se registrar como substituta de Maria Corina Machado, após esta última ser proibida pela Justiça de concorrer.
O presidente Lula ressaltou a importância do processo eleitoral na Venezuela ser mais democrático, destacando que a proibição de uma candidatura adversária sem justificativa adequada prejudica o ambiente democrático. Ele fez uma analogia com sua própria experiência, lembrando ter sido impedido de concorrer nas eleições brasileiras de 2018 devido a questões legais, que posteriormente foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
As declarações de Lula ocorrem em meio a uma nota do Ministério das Relações Exteriores (MRE) brasileiro, divulgada na última terça, 26, demonstrando preocupação com o processo eleitoral na Venezuela. Macron, por sua vez, condenou firmemente o impedimento da candidatura opositora na Venezuela e apoiou a iniciativa de Lula para garantir a participação de todos os candidatos nas eleições, com a presença de observadores regionais e internacionais para garantir a transparência do processo.
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