A Executiva Nacional do União Brasil decidiu, por unanimidade, expulsar o deputado federal Chiquinho Brazão (RJ) do partido. A medida foi tomada após a prisão do parlamentar, suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco. Em nota, o partido afirmou que Brazão teve sua filiação cancelada devido a condutas ilícitas que violam o Estatuto, incluindo atividades políticas contrárias ao Estado Democrático de Direito e violência política contra a mulher.
A representação contra Chiquinho Brazão foi apresentada por Alexandre Leite (União-SP) e relatada por Efraim Filho (União-PB). O presidente do partido, Antonio de Rueda, solicitou a abertura do processo disciplinar contra o deputado. O União Brasil reforçou seu repúdio a qualquer crime, especialmente aqueles que atentam contra o Estado Democrático de Direito e envolvem violência contra a mulher, expressando solidariedade às famílias de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Chiquinho Brazão, que está em seu segundo mandato na Câmara dos Deputados, foi vereador no Rio de Janeiro por quatro mandatos consecutivos. Ele é um dos três acusados de ordenar o assassinato de Marielle e Anderson. A prisão do deputado precisa ser analisada pelo plenário da Câmara dos Deputados, conforme previsto na Constituição Federal, que determina que parlamentares só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável, com decisão final do plenário. As investigações apontam motivações ligadas a questões fundiárias envolvendo as milícias do Rio de Janeiro.
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