Um relatório divulgado nesta segunda, 18, pela Classificação da Fase de Segurança Alimentar Integrada (IPC) aponta para uma situação alarmante na Faixa de Gaza. De acordo com o estudo, o grau mais elevado de fome, denominado “fome catastrófica”, pode atingir 1,1 milhão de pessoas na região entre 16 de março e 15 de julho de 2024, o que equivale a metade da população local.
Os dados revelam um aumento significativo em relação ao estudo anterior do IPC, que estimou que 677 mil pessoas, ou 30% da população de Gaza, estariam enfrentando a fase mais crítica da fome entre fevereiro e março de 2024. Além disso, o relatório apontou um aumento na desnutrição aguda entre crianças de 6 meses a 23 meses de idade, passando de 16,2% para 29,2% entre janeiro e fevereiro deste ano.
O chefe da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, expressou preocupação com a situação e denunciou que foi impedido de entrar em Gaza. Ele pediu a liberação de todas as passagens para garantir a assistência humanitária necessária. Enquanto isso, o governo de Israel enfrenta pressão internacional para suspender as ações militares na região, com acusações de genocídio em Gaza apresentadas na Corte Internacional de Justiça. Israel nega as acusações e afirma que continuará suas operações militares contra o grupo Hamas.
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