Mais de 48,2 milhões de pessoas estão enfrentando uma situação alarmante de fome severa na África Oriental, segundo alerta emitido pela Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta, 15. A região, já afetada por uma série de desafios, viu suas necessidades humanitárias se agravarem no último ano devido a fenômenos climáticos, conflitos, surtos de doenças e crises econômicas.
O fenômeno climático El Niño desempenhou um papel crucial nesse cenário, provocando inundações generalizadas durante o último trimestre de 2023. Essas chuvas intensas atingiram áreas que ainda estavam se recuperando dos impactos devastadores da seca prolongada entre 2021 e meados de 2023, considerada a pior em quatro décadas na região.
Além dos desafios climáticos, a África Oriental enfrenta uma das maiores crises de deslocamento do mundo, com mais de 17 milhões de pessoas deslocadas internamente e 5,1 milhões de refugiados ou requerentes de asilo. Conflitos armados, especialmente no Sudão e na Etiópia, têm sido um fator significativo nesse fluxo migratório, exacerbando ainda mais a situação humanitária já precária na região. A fome e a desnutrição, aliadas a surtos de doenças como cólera, sarampo e malária, tornam a situação ainda mais crítica para milhões de pessoas que lutam para sobreviver em meio a essas adversidades.
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