Em meio à crise política e onda de violência no Haiti, o primeiro-ministro Ariel Henry confirmou sua renúncia, comprometendo-se a deixar o cargo assim que for estabelecido um conselho de transição no país. Em um discurso divulgado nas redes sociais, Henry expressou sensibilidade à situação, declarando que nenhum sacrifício é grande demais para a nação haitiana. O chefe de Governo, atualmente em Porto Rico após uma tentativa frustrada de retorno ao Haiti, formalizará sua renúncia após tratar dos assuntos atuais e a constituição do conselho de transição.
O presidente da Guiana e atual líder da Comunidade do Caribe (Caricom), Mohamed Irfaan Ali, detalhou que o conselho de transição será composto por sete membros com direito a voto, representando diversos grupos sociais, enquanto dois observadores, um da sociedade civil e outro da comunidade inter-religiosa, não terão direito a voto. Ariel Henry apelou à calma diante do aumento da violência no Haiti nos últimos dois meses, marcada por assassinatos, ataques, saques e destruição de edifícios públicos e privados. Os países caribenhos, em reunião de urgência, buscam soluções para a crise no Haiti, que enfrenta uma falta de estruturas políticas desde 2016 e vive um cenário de instabilidade após o assassinato do então presidente Jovenel Moise em 2021.
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