A oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou na quarta-feira (21) um pedido de impeachment, motivado por declarações que estabeleceram comparações entre a atuação de Israel em Gaza e o Holocausto. O pedido, encabeçado pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), recebeu mais da metade das assinaturas do Partido Liberal (PL), incluindo figuras proeminentes como o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e os ex-ministros Ricardo Salles (PL-SP), do Meio Ambiente, e Eduardo Pazuello (PL-RJ), da Saúde.
A lista de signatários abrange não apenas membros da oposição, mas também políticos provenientes de partidos da base governista, ocupando ministérios relevantes no governo. Entre eles estão representantes do União Brasil (Comunicação e Turismo), PSD (Agricultura, Minas e Energia, Pesca) e MDB (Cidades, Planejamento e Transportes). Os parlamentares que subscrevem o pedido alegam que as declarações de Lula configuram crime de responsabilidade, atentando contra a existência política da União ao expor a República ao perigo da guerra ou comprometer-lhe a neutralidade.
Apesar do expressivo número de assinaturas em curto período, a decisão sobre a admissibilidade do pedido depende exclusivamente do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). A solicitação busca respaldo no argumento de que Lula teria cometido ato de hostilidade contra uma nação estrangeira, extrapolando os limites da liberdade de expressão e gerando consequências políticas significativas.
Seja o primeiro a comentar