O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luis Roberto Barroso, rejeitou na noite desta última terça, 20, o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para impedir a atuação do ministro Alexandre de Moraes no inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. Barroso argumentou que a petição era “deficiente” e não demonstrava claramente causas justificadoras de impedimento, resultando no arquivamento do pedido.
Na petição, protocolada uma semana antes, a defesa de Bolsonaro alegou que Moraes não poderia ser simultaneamente interessado e juiz no caso, já que o ministro aparece nas investigações como alvo dos supostos golpistas. Moraes foi mencionado em uma minuta de decreto de golpe que incluía sua própria prisão. O presidente do STF considerou o argumento insuficiente, afirmando que os fatos narrados não caracterizavam as situações legais que impediriam a jurisdição de Moraes.
Na mesma noite, Moraes também negou o pedido da defesa de Bolsonaro para que o ex-presidente fosse autorizado a não comparecer ao depoimento na Polícia Federal marcado para a tarde da próxima quinta, 22. As investigações da Operação Tempus Veritatis apontam que Bolsonaro e membros do governo planejaram um golpe de Estado após a eleição de 2022.
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