O Distrito Federal (DF) está à beira ou possivelmente já ultrapassou a marca de 72,6 mil casos de dengue em 2024, equivalente ao total de notificações de todo o ano de 2022. A projeção é feita por Adriano Oliveira, diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do DF, e pode ser confirmada no próximo boletim epidemiológico. A última atualização revelou um acréscimo notável de 20,4 mil casos em relação à edição anterior, destacando a urgência na atualização dos registros por equipes sobrecarregadas com o atendimento à população.
De acordo com o Ministério da Saúde, até a última quarta, 14, Brasília já totalizava 67.897 prováveis casos de dengue em 2024. O coeficiente de incidência na capital federal era de 2.405,6 casos a cada 100 mil habitantes, o maior entre as unidades federativas e quase nove vezes acima da média nacional. A dengue em Brasília afeta de maneira desproporcional as pessoas negras, mulheres e moradores de áreas periféricas, com localidades como Sol Nascente, Pôr do Sol, Ceilândia, Brazlândia, Estrutural e Santa Maria apresentando mais de 1.500 casos a cada 100 mil habitantes.
Apesar de fatores como chuvas atípicas e alta densidade populacional contribuírem para o cenário, as autoridades alertam para questões como a má destinação de resíduos sólidos e o armazenamento inadequado de água potável em domicílios ainda desabastecidos. As regiões administrativas mais afetadas incluem Ceilândia, Taguatinga, Sol Nascente/Pôr do Sol, Brazlândia e Samambaia, com um aumento de 1.303,9% nos casos prováveis em relação ao mesmo período de 2023.
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