O governo da Venezuela emitiu uma ordem exigindo a saída de todos os funcionários do gabinete de direitos humanos da ONU do país em um prazo de 72 horas. A decisão, anunciada na última quinta, 15, justifica-se sob o pretexto de realizar uma revisão na cooperação e “suspender as atividades do escritório de consultoria técnica do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos”. O governo venezuelano afirmou que a revisão dos termos de cooperação será conduzida nos próximos 30 dias.
A medida ocorre após críticas contundentes do relator especial da ONU sobre o direito à alimentação, Michael Fakhri, que visitou a Venezuela recentemente. Fakhri destacou em um comunicado que o programa de alimentação do governo venezuelano não aborda as causas fundamentais da fome e é suscetível a influências políticas. A decisão de expulsar os funcionários da ONU foi acompanhada pela acusação de uma atitude “colonialista, abusiva e violadora” por parte do governo venezuelano em relação ao gabinete de direitos humanos da ONU, que está presente no país desde 2019.
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