Há quase dois anos, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) enfrenta uma batalha para reaver um notebook e um celular apreendidos pela Polícia Federal em um endereço ligado ao deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). Ramagem, que dirigiu a Abin de julho de 2019 a março de 2022, deixou o cargo para concorrer a um assento na Câmara dos Deputados. Ele se tornou alvo da Operação Vigilância Premiada, deflagrada na última quinta-feira, 25, que investiga o suposto monitoramento ilegal de autoridades contrárias ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ao cumprir mandados judiciais de busca e apreensão no gabinete e em endereços residenciais de Ramagem, os policiais federais confiscaram celulares e notebooks, incluindo dispositivos pertencentes à Abin. Diante da repercussão, a agência de inteligência iniciou uma apuração preliminar na última sexta, 26, para esclarecer por que o ex-diretor mantinha consigo equipamentos da Abin. A Abin informou que, ao deixar a agência, Ramagem teve suas senhas de acesso bloqueadas, agora, a Abin vai apurar se seu ex-diretor devolveu todos os equipamentos funcionais que estavam sob sua responsabilidade.
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