Em 2023, o Brasil efetuou o pagamento de R$ 4,6 bilhões em compromissos financeiros com organismos internacionais, quitando integralmente sua dívida com essas instituições. A divulgação ocorreu nesta última quinta, 4 em Brasília, através dos Ministérios das Relações Exteriores e do Planejamento e Orçamento. Os recursos foram destinados à Organização das Nações Unidas (ONU), bancos multilaterais, fundos internacionais e diversas outras instituições.
Conforme detalhado pelo Ministério do Planejamento, R$ 2,7 bilhões representam valores pendentes em 31 de dezembro de 2022, enquanto os R$ 1,9 bilhão restantes referem-se a compromissos do ano passado. O pagamento mais recente ocorreu em 21 de dezembro, quando o governo saldou R$ 289 milhões em contribuições regulares à ONU e liquidação de R$ 1,1 bilhão em dívidas relacionadas a missões de paz.
Com a inexistência de passivos junto às Nações Unidas, o Brasil assegurou o direito de voto na Assembleia Geral da ONU em 2024, ano em que preside o G20, grupo das 20 maiores economias do mundo. No segundo semestre de 2023, o Brasil exerceu a presidência do Conselho de Segurança do organismo internacional.
Ao término de 2022, o gabinete de transição para o governo atual apontou dívidas do governo brasileiro de cerca de R$ 5 bilhões com organismos internacionais. Entretanto, até o final de dezembro do mesmo ano, o Itamaraty recebeu R$ 4,6 bilhões, convertidos em restos a pagar para 2023.
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