Dezenas de milhares de palestinos buscaram refúgio nesta última sexta, 29, depois que tanques israelenses avançaram sobre o centro da Faixa de Gaza, e quase 200 pessoas morreram nas últimas 24 horas devido a bombardeios e ataques com artilharia no enclave. Aviões israelenses atacaram o sul da Faixa de Gaza, derrubando casas e soterrando famílias enquanto elas dormiam, disseram moradores.
A nova leva de ataques causou mais um êxodo de pessoas que já tinham sido obrigadas a deixar as suas casas. Doze semanas depois de militantes do Hamas terem atacado cidades israelenses, matando 1.200 pessoas e tomando 240 reféns, grande parte da Faixa de Gaza está destruída.
Quase todos os 2,3 milhões de habitantes da região tiveram de deixar seus lares pelo menos uma vez e, agora, muitos deles estão novamente fugindo dos ataques. Autoridades de saúde da Faixa de Gaza afirmaram que mais 187 palestinos morreram em bombardeios israelenses nas últimas 24 horas, levando o total de mortos a 21.507, cerca de 1% de toda a população do enclave. Milhares de outros corpos podem estar soterrados nas ruínas de bairros inteiros que foram dizimados.
Israel afirma que está fazendo o que pode para evitar baixas civis, mas o alto número de mortos tem causado preocupação até em seus aliados mais próximos. Os Estados Unidos pediram um arrefecimento da ofensiva nas próximas semanas, e que a guerra se torne focada em operações para atingir líderes do Hamas. Até agora, contudo, Israel não deu sinais de que aderirá a esse plano.
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