Hamas e Israel acusam-se de violar trégua em Gaza após incidente

O exército de Israel e o grupo islâmico Hamas acusaram-se mutuamente, nesta terça, 28, de violar a trégua em vigor na Faixa de Gaza, após um incidente no norte do enclave em que vários soldados israelenses ficaram feridos.

“Durante a última hora, três dispositivos explosivos foram detonados ao lado de tropas das Forças de Defesa de Israel (FDI) em dois locais diferentes no norte da Faixa de Gaza, violando o quadro da pausa operacional. Em um dos locais, os terroristas também abriram fogo contra as tropas, que responderam com fogo. Vários soldados ficaram levemente feridos nos incidentes”, informou o porta-voz militar de Israel.

Do outro lado, as Brigadas Al-Qasam, o braço armado do Hamas, denunciaram “uma clara violação da trégua” por parte de Israel durante um episódio de “atrito no terreno”, embora tenham esclarecido que estão “comprometidos com a trégua enquanto o inimigo permanecer empenhado”.

“Apelamos aos mediadores para que pressionem os ocupantes [Israel] a aderir a todos os termos da trégua, tanto no solo como no ar”, disse o porta-voz da Brigada, Abu Obeida, que reconheceu, no entanto, que os combatentes do grupo “responderam hoje à violação” do acordo pelas tropas israelitas.

Trégua
Estes episódios ocorrem no quinto dia de um cessar-fogo temporário entre Israel e o Hamas, depois de mais de um mês e meio de combates.

O acordo – mediado pelo Qatar, Egito e Estados Unidos e que inclui a troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos e a entrada de ajuda humanitária em Gaza – entrou em vigor na manhã de sexta-feira e estava previsto para durar quatro dias.

Na segunda-feira, pouco antes de expirar, o Qatar anunciou uma prorrogação de dois dias, durante os quais os três elementos do pacto serão mantidos.

Está prevista para esta terça a continuação da libertação de reféns cativos em Gaza e da libertação de prisioneiros palestinianos das prisões israelitas, algo que já ocorreu durante os últimos quatro dias, em que foram libertados 69 reféns israelenses e estrangeiros e 150 prisioneiros palestinos.

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