Grupo terrorista Hamas diz que hospitais no norte de Gaza deixaram de funcionar

Todos os hospitais da província de Gaza, no norte do território, deixaram de funcionar, disse nesta segunda, 13, o vice-ministro da Saúde do enclave palestino, Youssef Abou Rich.

Desde sexta, 10, o cerco das tropas israelenses aumentou em torno das unidades de saúde, principalmente na cidade de Gaza, o centro dos combates. O Exército israelense afirma que os hospitais na Faixa de Gaza estão sendo usados pelo Hamas para atacar Israel.

Essas unidades estão agora sem eletricidade devido à falta de combustível, necessário para funcionar os geradores e cuja escassez se deve ao cerco imposto por Israel.

Seis bebês prematuros e nove pacientes em cuidados intensivos morreram devido à falta de eletricidade no Al-Shifa, o maior hospital da Faixa de Gaza, anunciou também hoje o vice-ministro da Saúde.

De acordo com o relatório diário do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, os últimos ataques causaram danos à área de doenças cardiovasculares e à maternidade, entre outras instalações na cidade de Gaza, capital da faixa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que perdeu contato com Al-Shifa, enquanto outro hospital na capital de Gaza, o Al-Quds, já não funciona por falta de combustível.

Em 7 de outubro, o Hamas fez um ataque sem precedentes a território israelense, deixando mais de 1.200 mortos, a maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.

Iniciou-se então forte retaliação de Israel ao enclave palestino, controlado desde 2007 pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível, além de bombardeios diários, seguidos de ofensiva terrestre que completou, na quinta, 9, o cerco à cidade.

O conflito deixou até agora pelo menos 11 mil mortos na Faixa de Gaza e 1.400 em Israel.

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