Embora esteja marcada para o dia 24 de novembro, a Black Friday 2023 já começou em boa parte das lojas, com anúncios de promoções. De olho na movimentação do comércio com o aumento das vendas durante o período, o Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito Federal (Procon-DF), órgão da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus), vai intensificar a fiscalização nos principais centros comerciais e nos maiores sites de comércio eletrônico para verificar o cumprimento das ofertas, publicidades enganosas e serviços de atendimento ao consumidor, entre outras questões.
O Procon-DF orienta ao consumidor que se sentir lesado ou tiver problemas nas compras durante a Black Friday que registre reclamação em um dos dez postos de atendimento presenciais do órgão ou faça a reclamação por meio do e-mail 151@procon.df.gov.br.
“A maior recomendação nesse momento que antecede a data é que o consumidor fique atento ao que quer comprar, passe a monitorar a evolução dos preços e, principalmente, guarde os anúncios das ofertas, porque, quando chegarem as promoções da própria Black Friday, o consumidor pode ver se os valores são promocionais mesmo ou não. Em caso de publicidade enganosa, o caminho deve ser registrar uma reclamação no Procon”, orienta o diretor-geral do órgão, Marcelo Nascimento.
Oportunidade única
Cuidado com a tentação da “oportunidade única”. O comércio eventualmente realiza liquidações, principalmente depois das festas de fim de ano. Portanto, o desconto da Black Friday não é único, e é possível que mais promoções sejam anunciadas novamente em breve.
O importante é se planejar na hora da compra, evitando agir por impulso e gastando mais do que pode. Com dinheiro em mãos, vale pechinchar descontos ainda maiores para pagamento à vista. Para não se endividar, a dica é fazer uma lista de produtos que pretende comprar.
Falsas promoções
É comum que empresas subam o valor de produtos na véspera da Black Friday para depois baixar o preço, simulando desconto. Isso é publicidade enganosa, o que é proibido por lei, e a loja pode ser penalizada. Por isso, pesquise muito e acompanhe o histórico de preços nas lojas físicas e virtuais dos produtos que pretende comprar.
Guarde o folheto ou a imagem da tela do computador com a demonstração do produto, valor e também com informação do link, nome da loja, data e hora em que foi feita a pesquisa. Dessa forma, é possível verificar se a oferta realmente foi cumprida.
Confirmação e entrega
Entre os problemas mais comuns relatados na Black Friday estão situações em que o consumidor finaliza uma compra pela internet e depois o pedido é cancelado. Também pode acontecer de o lojista anunciar um produto com preço menor e, depois que o consumidor coloca o produto no carrinho de compras, o valor sobe. A dica aqui é a mesma: guardar anúncios, e-mails, salvar as telas com as ofertas e confirmações das transações.
Mais dicas do Procon
• Desconfie de preços muito abaixo da média, pois podem ser indícios de fraude. Tenha cuidado com ofertas tentadoras enviadas por e-mail, por SMS, ou anunciadas nas redes sociais, especialmente de lojas desconhecidas;
• Ao efetuar as compras, prefira pagar com cartão de crédito, e atenção com sites que só aceitam receber por boleto ou transferência bancária, pois, se houver problema com a compra, é mais difícil conseguir ressarcimento junto ao banco;
• Nunca informe dados do cartão de crédito pelas redes sociais. Desconfie do lojista que solicita esse tipo de informação;
• Prefira comprar de lojas reconhecidas ou indicadas por amigos e familiares. Pesquise a reputação em sites que avaliam lojas virtuais. Os comentários de consumidores nas redes sociais podem servir de suporte nesse caso;
• Todo site deve exibir o CNPJ da empresa ou o CPF da pessoa responsável, além de informar o endereço físico ou o endereço eletrônico em que a loja possa ser encontrada. A página também é obrigada a disponibilizar um canal para atendimento ao consumidor, o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC);
• Para se certificar de que está fazendo uma compra segura, nunca utilize computadores de acesso público. Para verificar a segurança da página, clique em um cadeado que aparece no canto da barra de endereço ou no rodapé da tela do computador. O endereço da loja virtual deve começar com https://.
Seja o primeiro a comentar