Doenças neurodegenerativas podem afetar diferentes fases da vida

Apesar da sua prevalência na terceira idade, as doenças neurodegenerativas podem surgir em diversas fases da vida, afetando o indivíduo de formas diferentes de acordo com a idade em que ela surge.

As doenças neurodegenerativas são um grupo de condições marcadas pela deterioração progressiva e irreversível do sistema nervoso central ou periférico. Essas doenças afetam o funcionamento normal do sistema nervoso, levando a sintomas variados que podem incluir problemas de memória, dificuldades motoras, alterações cognitivas e mudanças no comportamento.

As causas exatas das doenças neurodegenerativas ainda não são totalmente compreendidas, mas envolvem fatores genéticos, ambientais e outros mecanismos biológicos complexos.

Atualmente, não há cura para a maioria dessas doenças, mas pesquisas contínuas buscam entender melhor suas causas e desenvolver tratamentos para amenizar os sintomas e retardar a progressão das doenças.

Doenças neurodegenerativas na infância e adolescência
De acordo com o dr. Bora Kostic, graduando em neurociência, médico especializado em cirurgia plástica e responsável pelo artigo recente “Doenças neurodegenerativas associadas com as fases da vida” em parceria com o Médico especialista em Coluna Vertebral, dr. Luiz Felipe Carvalho, e o Pós PhD em neurociências, dr. Fabiano de Abreu Agrela, ao contrário do que se pensa, crianças e adolescentes também estão suscetíveis a doenças neurodegenerativas.

“Geralmente se acredita que as doenças neurodegenerativas só podem afetar pessoas idosas, o que é um mito, elas podem se manifestar também, embora mais raro, durante a infância e adolescência, onde ocorrem em geral como distúrbios que geram perda progressiva da função neurológica”.

“A menor incidência de doenças neurodegenerativas nessa faixa etária pode contribuir para um diagnóstico mais preciso, mas para isso é necessário comprovar uma regressão cognitiva, sensorial, social, motora e de fala, além de identificar a origem, seja ela genética ou adquirida”, explica dr. Bora Kostic.

“O Brasil está passando por um momento de transição demográfica onde cada vez mais estamos tendo idosos e a expectativa de vida está aumentando, o que faz com que a incidência desse tipo de doença seja maior na vida adulta”, continua.

“Quando se envelhece, há um declínio das funções cognitivas, o que aumenta o risco do desenvolvimento de doenças como Alzheimer, Parkinson e ELA, todas não possuem cura, mas a melhor compreensão dos mecanismos que as desencadeiam ajuda a direcionar melhor o tratamento e melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, finaliza Kostic.

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