Após a conclusão do recadastramento de armas no sistema da Polícia Federal (PF), o Instituto Sou da Paz, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Instituto Igarapé manifestaram preocupação com o paradeiro incerto de mais de seis mil armas de uso restrito, equipamentos de alto poder letal, que não foram recadastradas.
A PF encerrou o processo de recadastramento na quarta, dia 3, e apenas 44.264 das 50.432 armas foram recadastradas no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), o que significa que as outras 6.168 armas estão em lugar incerto e agora são ilegais. A PF avisou que essas armas poderão ser apreendidas e os donos podem ser presos por posse ilegal de arma.
Em nota conjunta, o Instituto Igarapé e o Sou da Paz ressaltaram que os armamentos de uso restrito, com maior porte letal, não eram passíveis de serem comprados por civis até 2019, quando a venda foi autorizada pelo governo federal. E desconfiam que essas armas que não foram recadastradas possam estar nas mãos de facções criminosas, que utilizaram o Cacs (certificados de registro de armas para colecionadores, atiradores desportivos e caçadores) como laranjas para desviar armas.
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