O Ministério da Reintegração da Ucrânia informou que 19.514 crianças ucranianas foram ilegalmente deportadas pela Rússia, ao passo que 4.390 estão nos territórios ocupados. A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, pediu aos russos que não adotassem crianças que, nas suas palavras, foram “roubadas”.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de prisão no início de março contra Vladimir Putin e Maria Lvova-Belova, comissária russa para os direitos da criança, pelo crime de guerra de deportar ilegalmente centenas de crianças da Ucrânia.
“Enviamos todo a informação disponível para o Tribunal Penal Internacional, que também investiga estes crimes. Foram recolhidas provas suficientes. Esperamos que os nossos esforços e a pressão da comunidade internacional permitam acelerar o processo de devolução dos nossos filhos”, acrescentou.
Segundo Vereschuk, as crianças foram “roubadas na Ucrânia” e supostamente dadas para adoção na Rússia.
“Apelo a que os cidadãos russos não adotem órfãos ucranianos que foram retirados ilegalmente dos territórios temporariamente ocupados da Ucrânia”, disse a ministra. “Mais uma vez, lembro a todos os considerados pais adotivos e tutores russos: mais cedo ou mais tarde vocês terão que responder”.
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