O Relatório de Segurança da aviação global de 2022, que acaba de ser divulgado pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), foi recebido com alegria por pilotos, comissários e passageiros que viajam de avião, além de profissionais que controlam a segurança nos voos ou que operam no sistema. O levantamento informa que os acidentes fatais diminuíram em relação a 2021 e também à média dos últimos cinco anos. O documento mostra que houve redução de “fatalidades” (mortes), na comparação com a média registrada entre 2018 e 2022.
A IATA representa cerca de 300 companhias aéreas, que compõem 83% do tráfego da aviação global. O risco de fatalidade de 0,11 – apontado no levantamento sobre o transporte aéreo de 2022 – significa que, em média, uma pessoa precisaria pegar um voo, todos os dias, durante 25.214 anos para sofrer um acidente fatal. Ou seja: os dados demonstram que viajar de avião é uma das formas mais seguras que existem, segundo os especialistas.
Para Yaankov Magalhães, que trabalha há muitos anos como piloto e agora atua também como empresário do setor aeronáutico, a redução do número de acidentes registrado pela IATA se deve principalmente à qualidade e ao nível técnico dos treinamentos que são realizados com os tripulantes, em simuladores de voo.
“Além disso, as manutenções, com os mais altos níveis de confiabilidade, executadas de forma preventiva, somadas aos rigorosos controles de qualidade dos combustíveis, garantem a qualidade do produto”, afirmou.
Destaques do Relatório
Em 2022, ocorreram cinco acidentes fatais com perdas de vidas de passageiros e tripulantes. Contudo, esse número representa uma redução em comparação com os sete acidentes fatais relatados em 2021 e uma melhoria na média de cinco anos (2018-2022), que também foi de sete.
A taxa de acidentes fatais variou de 0,16 por milhão de setores em 2022, em relação a 0,27 por milhão de setores em 2021, e também em relação à taxa de acidentes fatais no período de cinco anos de 0,20.
A taxa referente a todos os acidentes foi de 1,21 por milhão de setores, que representa uma redução em comparação com a taxa de 1,26 acidentes no período de cinco anos de 2018-2022, mas um aumento em relação a 1,13 acidentes por milhão de setores em 2021.
O risco de fatalidade caiu de 0,23 em 2021 para 0,11 e 0,13 no período de cinco anos (2018-2022). As companhias aéreas associadas à Iata sofreram um acidente fatal em 2022, com 19 mortes.
Risco de fatalidade
O risco de fatalidade de 0,11 registrado no transporte aéreo em 2022 significa que, em média, uma pessoa precisaria pegar um voo todos os dias durante 25.214 anos para sofrer um acidente 100% fatal. Esta é uma melhoria em relação à taxa de mortalidade no período de cinco anos (média de 22.116 anos).
Apesar da redução no número de acidentes fatais, o número de mortes aumentou de 121 em 2021 para 158 em 2022. A maioria das mortes em 2022 ocorreu em um único acidente de aeronave na China que resultou a perda da vida de 132 pessoas. A companhia aérea envolvida não era associada à IATA, mas está no registro Iata “Operational Safety Audit” (IOSA).
A segunda maior perda de vidas ocorreu em um acidente com uma companhia aérea associada à IATA na Tanzânia, que resultou em 19 mortes. Todas as companhias aéreas associadas à IATA são obrigadas a ter a certificação IOSA.
Fonte: Com informações da Brasil61
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