A projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu mais uma vez. A estimativa foi divulgada no Boletim Focus desta segunda, 6, pelo Banco Central (BC), em Brasília, com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
Segundo a instituição, a inflação oficial do país chegará a 5,78% neste ano. Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,93%. Para 2025 e 2026, as estimativas são de inflação em 3,5%, para ambos os anos.
A previsão para 2023 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior de 4,75%.
De acordo com o Banco Central, o IPCA atingirá a meta estabelecida a partir de 2024, quando deverá se situar em 3%, e em 2025, (2,8%). Para esses dois anos, o CMN estabelece uma meta de 3% para o IPCA.
Em janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que é a prévia da inflação, teve aumento de 0,55%.
Taxa de juros
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Este é o maior patamar do da taxa desde janeiro de 2017.
O Copom esteve em reunião na última semana e destacou que os juros podem ficar altos por mais tempo que o previsto e não descartou a possibilidade de novas elevações caso a inflação não chegue à meta, como o esperado, em meados de 2024.
Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2023 em 12,5% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,75% ao ano. Já para 2025 e 2026, a previsão é de Selic em 9% e 8,5%, respectivamente.
Além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
PIB e câmbio
Segundo a estimativa das instituições financeiras, o PIB brasileiro neste ano variou de 0,8% para 0,79%. Para 2024, espera-se crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,89% e 2%, respectivamente.
A expectativa para a cotação do dólar está em R$ 5,25 para este ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a maior moeda do mundo chegue a R$ 5,30.
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