O presidente Lula pediu desculpas ao povo argentino pelas más ações da antiga gestão brasileira, de Jair Bolsonaro, e disse que está de volta para fazer bons acordos para que o Brasil e a Argentina possam crescer economicamente. “Estou aqui para dizer que hoje é a retomada de uma relação que nunca deveria ter sido parada”, afirmou.
Lula está em viagem à Argentina, a primeira internacional após tomar posse no cargo. Convidado pelo presidente Alberto Fernández, o encontro marca a retomada da relação entre os dois países, após período de distanciamento entre os governos.
“Estou pedindo desculpas ao povo argentino por todas as grosserias que o último presidente do Brasil, que eu trato como genocida, por causa da falta de responsabilidade no cuidado com a pandemia, todas as ofensas que fez ao Fernández”, disse Lula.
Fernández disse que além de fortalecer as relações bilaterais, as duas nações têm o mesmo entendimento de tornar mais eficiente e potencializar o Mercosul e outros instrumentos, como a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Nesta terça, 24, será realizada a sétima reunião de cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos. Com a mudança do governo, em 1° de janeiro, o Brasil está voltando a integrar o grupo, após três anos de afastamento.
Venezuela
O presidente da Argentina destacou que todos os países da América do Sul foram convidados para estarem na reunião, mas o presidente da Venezula, Nicolás Maduro, não esteve presente. A Venezuela vive conflitos políticos internos e é acusada de violações de direitos humanos.
Havia a previsão de um encontro bilateral de Lula com Maduro, mas a reunião foi cancelada.
O presidente afirmou que o Brasil vai restabelecer as relações diplomáticas com o país vizinho, interrompidas durante a gestão anterior. “Queremos que tenha embaixada da Venezuela no Brasil, que o Brasil tenha embaixada na Venezuela e restabelecer a relação civilizada entre dois estados autônomos, livre e independentes. Não queremos inimizade com nenhum país e se pudermos construir acordos dentro de cada país, nós vamos ajudar”, disse.
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