Parque Ecológico do Areal, em Arniqueira, abriga espécies da flora do Cerrado, Lobelia braziliensis e Anemopaegma arvense, conhecida como catuaba, ambas ameaçadas de extinção. O fato causou surpresa na área técnica do Instituto Brasília Ambiental e as descobertas estão no plano de manejo da unidade de conservação (UC). O plano de manejo é um documento técnico que, a partir dos objetivos definidos no ato da criação de uma UC, estabelece o zoneamento e as normas que norteiam seu uso.
Além da ameaça a essas espécies raras, a grande curiosidade por trás da descoberta se deu por não haver registros delas nos poucos estudos já existentes sobre a área.
A diretora de Implantação de Unidades de Conservação (Dipuc) do Brasília Ambiental, Carolina Lepsch, disse que o nome de um dos córregos existentes no parque ecológico, o Vereda da Cruz, dá sentido à descoberta. “As veredas são o habitat natural da Lobelia braziliensis. É importante acreditarmos em nomes já concedidos a elementos das unidades de conservação”, afirma.
Ameaça
A Lobelia braziliensis, que é uma espécie endêmica do Distrito Federal, foi encontrada tanto no módulo 1 quanto no módulo 2 do Parque Ecológico do Areal. Sua ameaça de extinção ocorre porque ela está perdendo seu habitat.
Já a ameaça de extinção da Anemopaegma arvense ocorre porque ela sofre muita predação. “As pessoas fazem a coleta indiscriminada dessa espécie para a produção da catuaba. Foram encontrados dois indivíduos dessa espécie em uma área de Cerrado ainda bem preservado do Areal”, informa Lepsch.
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