Representantes de órgãos jornalísticos se reúnem para denunciar agressões no DF

O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, esteve em reunião com representantes das entidades de jornalistas do Brasil e profissionais de imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta segunda, 9, para as diversas denúncias de agressões à imprensa registradas durante os atos violentos na capital.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) informou que foram reportados relatos de 14 profissionais da imprensa agredidos nos atos golpistas. Pelo menos dois deles relatam ter solicitado ajuda da Polícia Militar do Distrito Federal e não receberam qualquer apoio. Uma profissional relatou que um dos policiais chegou a apontar um fuzil para ela.

Abordagem
“Relatos dos colegas indicam que os terroristas estavam orientados sobre como nos identificar e como abordar, com exigência de apagar ou confiscar material. Houve um padrão de abordagem, inclusive em como foram ameaçados. E uma segunda coisa que a gente identificou foi a participação dos policiais militares no constrangimento aos colegas, que não foram acolhidos nem protegidos pelos agentes de segurança, mesmo sob ameaça dos extremistas”, disse Juliana Cézar Nunes, coordenadora-geral do SJPDF, que participou da reunião com Pimenta.

Juliana Cézar afirmou que as entidades presentes solicitaram que o governo estude a federalização de crimes contra jornalistas e comunicadores, além de, no curto prazo, identificar e punir os agressores. Agora sob intervenção do governo federal, a Segurança Pública do DF será acionada para abrir um canal de escuta aos comunicadores vítimas de violência

Também presidiram o encontro, representantes da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), da organização Repórteres sem Fronteiras, e de outros profissionais da imprensa, incluindo a ex-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Tereza Cruvinel, que foi agredida com chutes e empurrões por golpistas na Esplanada dos Ministérios.

Outras propostas
Durante a reunião, as entidades também concordaram com a necessidade de estabelecer diálogo com os empregadores para cobrar e alertar sobre a necessidade de adoção de medidas de segurança mitigatórias aos riscos. Durante a cobertura dos atos violentos de vandalismo neste domingo, 8, diversos profissionais da imprensa estavam desacompanhados.

A Fenaj pediu, como medida de médio prazo, apoio do governo brasileiro à proposta da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) de criação de uma convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) específica para a segurança dos jornalistas, além da criação do Observatório Nacional da Violência contra Jornalistas.

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