O Índice de Confiança do Comércio não sofreu mudanças bruscas neste mês, ao se manter no nível de 87,2 pontos, menor patamar desde abril (85,9 pontos). Em relação à métrica de médias móveis trimestrais, o indicadore apresentou um recuo de 4,9 pontos, a segunda consecutiva após oito meses de desempenhos positivos. O índice foi divulgado nesta quinta, 29, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Segundo o economista do Ibre/FGV, Rodolpho Tobler, a confiança do comércio encerra este ano com desemprenho negativo. O especialista afirmou que após a queda em novembro, o índice estabilizou em dezembro em nível relativamente baixo, semelhante ao apontado em fevereiro deste ano.
Ele acredita que que o quadro de estabilidade no mês foi devido à piora na percepção de comercialização com o atual momento, e uma leve alta nas expectativas, porém que precisa ser relativizada pelo nível baixo que ainda se encontra.
A pesquisa mostra que mesmo diante da estabilidade no mês, houve alta em quatro dos seis principais segmentos do setor. No horizonte temporal, ocorreram resultados distintos. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) diminuiu 1 ponto para 88,7 pontos, menor desde março (87,6 pontos). Os dois indicadores que compõem o ISA-COM também tiveram queda no mês: o volume de demanda atual caiu 1,2 ponto e a situação atual dos negócios, 0,7 ponto.
Já o Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 0,9 ponto, para 86,1 pontos, impulsionado pela melhora do indicador que projeta a tendência dos negócios seis meses a frente, que subiu 2,8 pontos para 89,8 pontos. De acordo com a entidade, a curto prazo, as vendas previstas não se mostram otimistas: o indicador recuou 0,9 ponto para 82,8 pontos, o menor patamar desde março de 2021, quando registrou 68,8 pontos.
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