O Índice de Confiança da Indústria (ICI), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), aumentou 1,2 ponto neste mês, para 93,3 pontos, após três meses de baixas consecutivas. Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 2,1 pontos.
Segundo o economista do Ibre/FGV Stéfano Pacini, a confiança da indústria melhorou em dezembro, porém não foi o bastante para recuperar as perdas sofridas no ano. Pacini destacou que parte do setor enfrentou problemas de insumos e redução de demanda, levando a um aumento dos estoques em 2022.
Ele acrescentou que o desempenho de dezembro reflete a melhora da situação atual influenciada por ligeiro aumento na demanda e dos estoques.
Em dezembro, houve alta da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais monitorados pela sondagem. O Índice Situação Atual (ISA) cresceu dois pontos, para 93,8 pontos. O Índice de Expectativas (IE) acomodou-se ao variar 0,2 ponto para 92,8 pontos.
Segundo os dados, entre os fatores que fazem parte do ISA, o indicador que mede a situação atual dos negócios foi o que mais influenciou ao subir 2,8 pontos para 92,5 pontos. O levantamento do Ibre/FGV mostra que o resultado reflete uma percepção de ligeira melhora da demanda e redução dos estoques no período com altas de 0,6 e 2,3 pontos, para 92,1 e 102,5 pontos, respectivamente.
Entre os quesitos que avaliam as expectativas, apesar de aumento do otimismo em relação à produção, há um quadro pessimista de emprego no setor: o indicador que mede as perspectivas sobre emprego piorou pelo quarto mês seguido ao diminuir 4,2 pontos para 95,1 pontos, menor nível desde julho de 2020 (93 pontos). O patamar se encontrar inferior a 100 pontos, o que sinaliza uma desaceleração das contratações nos próximos meses.
Já o indicador que mede as perspectivas sobre a produção para os próximos três meses subiu três pontos para 94,1 pontos.
Segundo a sondagem, o nível de utilização da capacidade instalada da indústria cedeu 0,2 ponto, para 79,6% pior resultado desde maio de 2021 (77,8%).
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