A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, caiu de 5,76% para 5,64% para 2022. A previsão para o próximo ano ficou em 5,23% contra 5,17% na semana passada. Para 2024 e 2025, as previsões são de inflação em 3,6% e 3,2%, respectivamente.
A projeção saiu nesta segunda, 26, no Boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
A previsão para este ano é superior à meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional, de 3,5% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O limite menor seria de 2% e o superior, de 5%.
Seguindo o mesmo cenário, a projeção do mercado para a inflação de 2023 também supera o teto previsto. Para 2023 e 2024, as metas fixadas são de 3,25% e 3%, respectivamente, também com os intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual. Ou seja, para 2023 os limites são 1,75% e 4,75%.
Impulsionado pelo aumento dos preços de combustíveis e alimentos, em novembro, a inflação subiu 0,41%. Com o desempenho, o IPCA acumula alta de 5,13% no ano e 5,90% em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Taxa de juros
Para atingir a meta de inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Esse é o maior patamar desde janeiro de 2017.
A próxima reunião do Copom está marcada para 31 de janeiro e 1° de fevereiro de 2023. Para o mercado financeiro, a estimativa é que a Selic seja mantida nos mesmos 13,75% ao ano nessa primeira reunião do ano. Mas para o fim do ano vindouro, a previsão é de que a taxa básica fique em 12% ao ano, contra 11,75% ao ano previstos na semana passada. Já para 2024 e 2025, a previsão é de Selic em 9% ao ano e 8% ao ano, respectivamente.
PIB e câmbio
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano foi ajustada para 3,04%, em comparação com o 3,05% na semana passada. Para 2023, a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) permaneceu em 0,79%. Para 2024 e 2025, é esperado 1,5% e 1,9%, respectivamente.
Em relação ao dólar, a expectativa está em R$ 5,25 para o final deste ano. Para o fim de 2023, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,27, contra R$ 5,26 na semana passada.
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