A Eve Soluções de Mobilidade Aérea Urbana Ltda (Eve), empresa independente fundada pela Embraer, receberá um montante de R$ 490 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para realizar a primeira fase do projeto de produção de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL da sigla em inglês). A estimativa é que o veículo esteja disponível no mercado a partir de 2026. Segundo o banco, o veículo, conhecido como carro voador, “será feito para executar voos urbanos, com baixos níveis de ruído e maior sustentabilidade na comparação com veículos tradicionais”.
Conforme o BNDES, o valor concedido é referente a 75% do total aplicado nesta fase do projeto, voltada à pesquisa e desenvolvimento (P&D), que é R$ 652 milhões. “Desse valor, R$ 80 milhões serão oriundos do Programa BNDES Fundo Clima (subprograma Mobilidade Urbana) e R$ 410 milhões provenientes da Linha Finem – Incentivada A/Inovação”, disse a entidade.
O veículo 100% elétrico à bateria, inicialmente, além do piloto, poderá transportar quatro passageiros, por uma distância de até 100 quilômetros. O veículo vai emitir até 90% menos ruídos que os helicópteros.
Segundo o banco, nas próximas décadas, o mercado de mobilidade aérea urbana será impactado por fatores crescentes para as populações urbanas, limitações de espaço terrestre e altos custos de aperfeiçoamento de infraestrutura, e também pelos elevados níveis de poluição local dos meios de transporte tradicionais.
O diretor de crédito produtivo e socioambiental do BNDES, Bruno Aranha, destacou que o BNDES está empenhado em apoiar o projeto, uma vez que a operação é especialmente emblemática no âmbito do Fundo Clima, pois intensifica o ideal de sustentabilidade.
Para o fundador da co-CEO da Eve, André Stein, o apoio do banco possibilita o surgimento de uma nova forma de aviação mais sustentável com as aeronaves eVTOL, ajudando a transformar a indústria e a mobilidade urbana, e reduzindo a poluição sonora e o custo dos voos urbanos.
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