As áreas para a conservação de espécies ameaçadas de extinção chegam a 62 milhões de hectares neste ano. Essa quantidade é mais de seis vezes superior à estimativa inicial da Estratégia Nacional para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (Pró-Espécies), do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Na abertura do programa, em 2018, era previsto o trabalho em 9 milhões de hectares. O MMA explica que a expansão ocorreu devido à conclusão de 11 Planos de Ação Territoriais para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (PAT), o que detalhou os limites de cada um dos 24 territórios contemplados na iniciativa.
Além disso, a meta de avaliação do status de conservação das espécies era estimada para 7 mil espécies da fauna e da flora. Mas, até junho deste ano, foram analisadas 8.761 espécies, sendo 5.511 de fauna e 3.250 de flora.
Participação popular
Os documentos com as estratégias de conservação de espécies estão sendo desenvolvidos de maneira integrada, considerando os aspectos socioeconômicos da região e o habitat dos animais e dos vegetais.
Os pesquisadores pontuam as espécies-alvo definidas para mapear e subsidiar os estudos, analisar o status de sua existência e as ações de conservação. Esse é o pontapé para diminuir as chances de extinção e garantir a sobrevivência das espécies.
Para o próximo ano, o Pró-Espécies pretende tornar mais eficaz a imposição de medidas de controle e de sensibilização do combate aos crimes contra a fauna e flora. O projeto também visa programa também busca consolidar as medidas estabelecidas na Estratégia Nacional de Espécies Exóticas Invasoras (Eneei), para reduzir o impacto dessas espécies na diversidade biológica e nos serviços ecossistêmicos.
Prioridades
As áreas do Pró-Espécies foram escolhidas conforme a presença de espécies criticamente ameaçadas, em perigo ou vulnerável e sua localização por bacias hidrográficas.
O programa incentiva ações de prevenção, conservação, manejo e gestão que visam diminuir as ameaças e o risco de extinção de espécies, especialmente 290 criticamente ameaçadas, que não contavam com políticas públicas de conservação.
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