Enfrentando um dia de clima tranquilo no mercado financeiro, o dólar chegou ao seu menor nível em uma semana, diante das expectativas de reabertura da economia chinesa e com a diminuição do valor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. A bolsa de valores foi em contramão e diminuiu mais de 1%, impulsionada pela baixa no preço das commodities.
O dólar terminou esta quarta, 7, comercializado a R$ 5,206, com queda de R$ 0,064 (-1,21%).
Este é o menor patamar da moeda estadunidense desde o dia 1º, quando tinha fechado a R$ 5,197. Agora, a divisa acumula alta de apenas 0,08% em dezembro. Em relação a 2022, cai 6,63%.
O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 109.069 pontos, com queda de 1,02%. O indicador impactado por ações de mineradoras e siderúrgicas, que tiveram queda significativa após o anúncio de números pessimistas do comércio chinês, grande comprador de matérias-primas, que refletem a diminuição da procura diante das políticas de combate ao coronavírus.
Já em relação ao câmbio, o dólar caiu por motivos externos e internos. Internamente, a aprovação da PEC da Transição na Comissão de Constituição e Justiça do Senado com redução de R$ 30 bilhões no valor a ficar fora do teto de gastos contribuiu para o cenário de queda. O novo impacto, de R$ 168 bilhões nos próximos dois anos, diminuiu as tensões no mercado financeiro.
No cenário internacional, a reversão da política de tolerância zero à covid-19 da China impulsionou a queda do valor da moeda, principalmente nos países emergentes, que têm a economia asiática como maior parceiro comercial. Além disso, o mercado externo segue esperançoso acerca da expectativa de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) dê um freio no ritmo de aperto monetário para evitar uma recessão em solo norte-americano.
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