Coreia do Norte testou, nesta sexta, 18, míssil balístico intercontinental que autoridades japonesas disseram ter alcance suficiente para atingir o território continental dos Estados Unidos (EUA). O míssil caiu a apenas 200 quilômetros de distância do Japão.
Confirmado por autoridades sul-coreanas e japonesas, o lançamento ocorre um dia após o lançamento de um míssil menor pela Coreia do Norte e seu alerta de respostas militares mais duras ao aumento da presença de segurança regional dos EUA.
A vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, e os líderes do Japão, da Coreia do Sul, do Canadá, da Austrália e Nova Zelândia condenaram o lançamento, em reunião de emergência convocada paralelamente à cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec).
“Condenamos veementemente essas ações e novamente pedimos à Coreia do Norte que pare com outros atos ilegais e desestabilizadores”, disse Kamala Harris durante a reunião.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, alertou sobre novos lançamentos de mísseis pela Coreia do Norte e um possível teste nuclear, disse o governo japonês em um comunicado.
A vice dos EUA está na Tailândia para a cúpula da Apec, em meio a crescentes tensões geopolíticas sobre a guerra na Ucrânia e outros pontos críticos, como Taiwan e a península coreana.
O lançamento de sexta-feira se soma a um ano recorde para o programa de mísseis da Coreia do Norte, depois que o país retomou os testes de ICBMs pela primeira vez desde 2017 e quebrou sua moratória autoimposta sobre lançamentos de longo alcance enquanto as negociações de desnuclearização ficaram paralisadas.
A intensificação do desenvolvimento e dos teste de mísseis da Coréia do Norte também indica que, apesar de sua extrema pobreza e das sanções da Organização das Nações Unidas (ONU), bem como dos Estados Unidos e de outras nações, ela tem enfrentado poucos obstáculos para obter a tecnologia e os materiais necessários para seu programa de mísseis.
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