Baixos níveis de vitamina D no organismo estão relacionados a diferentes tipos de doenças e representam um problema de saúde pública. Em crianças, as mais comuns são raquitismo e alteração do crescimento. Já nos adultos, osteomalacea – amolecimento dos ossos, e a osteoporose – doença que cursa com perda da resistência e fraturas ósseas, são as principais consequências da falta de vitamina D. Além disso, dentre grupos portadores de certas enfermidades, como endometriose e diabetes, é comum encontrar um maior número de pessoas com hipovitaminose D.
Com base nas literaturas científicas americana e brasileira, a Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) produziu um posicionamento com recomendações padronizadas para combater os problemas associados à insuficiência do pró-hormônio. “A revisão extensa de 56 estudos randomizados controlados demonstrou que há redução de mortalidade geral e 12% menos casos de mortes por câncer após cinco anos de suplementação de vitamina D”, explica Durval Ribas Filho, presidente da ABRAN.
O médico lista os principais benefícios da vitamina D para melhorar a qualidade de vida da população:
Saúde óssea
Manter os níveis de vitamina D recomendados pelos especialistas médicos ajuda no metabolismo ósseo, na regulação do cálcio e fósforo, bem como contribui para a redução do risco de quedas, fraturas, osteopenia – perda de massa óssea -, e osteoporose.
Função muscular
A vitamina D está diretamente ligada aos efeitos anabólicos, sendo responsável pelo aumento da massa e da força muscular. O fortalecimento dos músculos também ajuda a evitar quedas, principalmente no caso de idosos.
Auxílio no controle do açúcar do sangue
Estudos demonstram que a vitamina D pode ajudar na prevenção e no controle de diabetes tipo 2, já que contribui para a melhora da secreção da insulina. Resultados de 21 estudos apontam que, para cada elevação de 4 ng/mL nos níveis de vitamina D no sangue, havia uma redução de 4% no risco de diabetes tipo 2.
Funcionamento do sistema imune
O pró-hormônio age auxiliando o funcionamento da imunidade e pode ajudar na prevenção de determinadas doenças, como as doenças autoimunes. Alguns estudos apontam 41% menor risco para esclerose múltipla para cada 20 ng/mL de elevação da 25(OH)D sérica. A suplementação de vitamina D também pode ajudar a evitar artrite reumatoide, doença inflamatória intestinal e tireoidite de Hashimoto.
Saúde feminina e fetal
A vitamina D atua também na saúde materna, fetal e do recém-nascido. Estudos relacionam baixos níveis desse nutriente em gestantes a complicações pós-natal, como déficit de formação óssea, asma e autismo. A suplementação de vitamina D pode auxiliar no combate ainda da síndrome dos ovários policísticos, endometriose e infertilidade.
A suplementação em doses de 1000 a 2000 U.I (unidades internacionais) ao dia é considerada pela legislação em vigor um suplemento nutricional eficaz, seguro e pode ser utilizada sem a necessidade de realização prévia de exame de sangue para avaliação dos níveis de vitamina D. Entretanto, os níveis podem variar de acordo com cada pessoa e um médico é capaz de avaliar individualmente para indicar a melhor opção para restabelecer os níveis da vitamina”, finaliza.
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