O dólar comercial iniciou com a cotação do dia em 5,17 e encerrou esta sexta, 23, a R$ 5,249, com forte alta de R$ 0,134 (2,62%). Na máxima do dia, por volta das 16h, a moeda norte-americana chegou a R$ 5,26.
O dólar teve a maior alta diária desde abril e voltou a encostar nos R$ 5, 25. A trégua no mercado financeiro durou pouco. A bolsa de valores caiu mais de 2% e fechou no menor nível em uma semana. Desde o fim de 2021 o Banco Central (BC) não remediava no mercado, mas vendeu US$ 2 bilhões das reservas internacionais conjugados com leilões de recompra no mercado interbancário.
A divisa teve a maior valorização diária desde 22 de abril, quando tinha subido 4,07%. Mesmo com a forte alta de hoje, o dólar fechou a semana com queda de 0,24%. Em 2022, a moeda norte-americana acumula recuo de 5,86%.
O dia também foi bem agitado no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 111.716 pontos, com queda de 2,06%. Embora a queda, o indicador subiu 2,23% na semana, promovendo pelo fim do ciclo de alta na taxa Selic (juros básicos da economia), que fez a bolsa brasileira saltar na última quinta, 22.
Com a escalada nas tensões entre Rússia e Ucrânia, a divulgação de que as intenções de compra por gerentes (índice usado para medir para onde vai a economia) caiu no continente piorou o clima. O mercado financeiro global teve instabilidade após a divulgação.
Paralelamente, após o Reino Unido ter realizado um anúncio de medidas de cortes de impostos a libra esterlina caiu para o menor nível em 37 anos. Anunciadas pela nova primeira-ministra, Liz Truss, as medidas foram mal recebidas pelo mercado porque elevarão a dívida pública do país.
Os medos de recessão global impactaram diretamente nos preços internacionais do petróleo. A cotação do barril do tipo Brent, usado nas negociações internacionais, caiu mais de 4% nesta última sexta, 23, e fechou a US$ 86,57. Esse é o menor nível desde janeiro, antes do início da guerra na Ucrânia
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