O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), diminuiu 4,2 pontos neste mês e chegou a 116,6. Esse é o menor patamar desde abril, quando fechou em 114,9 pontos. O balanço foi publicado hoje, 31, pela FGV, no Rio de Janeiro.
Os dois componentes do Indicador de Incerteza, que são de Mídia e de Expectativas, ficaram em situações parecidas em agosto. Enquanto o componente de Mídia teve recuo de 2,6 pontos, passando para 115,1 pontos, o que contribuiu de forma negativa com 2,3 pontos para o índice agregado, o componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, caiu 9,3 pontos e chegou a 115,4 pontos, influenciando negativamente com 1,9 ponto para a evolução na margem do IIE-Br.
Preços dos combustíveis
De acordo com a economista da FGV IBRE, Anna Carolina Gouveia, a queda do Indicador de Incerteza devolve 71% das altas ocorridas entre maio e julho.
Ela diz que impactam no resultado a redução da pressão inflacionária após a queda de preços de combustíveis e energia e o dinamismo do mercado de trabalho.
Anna Carolina disse que uma queda significativa dependerá principalmente da conjuntura econômica nos próximos meses. “Além da perspectiva de sustentação do recente cenário de crescimento, mas também do quadro político após as eleições”, concluiu.
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