O crescimento explosivo de casos de dengue no DF tem assustado os brasilienses. O Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) aponta que, até 13 de agosto deste ano, foram registrados 63,8 mil casos prováveis de dengue, um aumento de 410,3% em relação ao mesmo período do ano passado, com 17,4 mil casos.
Segundo Adele Vasconcelos, médica intensivista do Hospital Santa Marta, o cenário acontece devido a um misto de fatores já esperado pelas autoridades da saúde. “Já estávamos nos preparando para essa onda junto com a Secretaria de Saúde reunindo todos os hospitais e os coordenadores de emergência, diretores de hospitais”, explica.
Ela remete o aumento a dois fatores: clima (ano muito chuvoso) e a questão da subnotificação. “Na pandemia, as pessoas ficaram isoladas dentro de casa, isso fez com que elas parassem de circular, fazendo com que as pessoas adoecessem menos, não só de dengue. E eu também acredito que os casos leves não foram procurar o hospital”, explica.
A médica destaca a importância do papel social nessa questão, por meio da prevenção e cuidados da população.
Apesar do aumento no número de casos, a quantidade de mortes está estável neste ano, em comparação com 2021. No ano passado, a SES-DF registrou 10 óbitos de dengue até o dia 13 de agosto. No mesmo período de 2022, a Secretaria notificou 11 mortes por complicações da doença.
Seja o primeiro a comentar