Visando a melhoria da infraestrutura nacional, os investimentos anuais no Brasil devem fechar em cerca de R$ 344 bilhões. Atualmente, o país investe somente R$ 135 bilhões. O levantamento foi feito em pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), chamado de “Agenda de privatizações: avanços e desafios”.
Os dados mostram que com a chegada da crise fiscal, houve problemas com o nível financeiro do segmento público. Com isso, os investimentos em infraestrutura das estatais, dos estados e da União sofreram diversas reduções desde 2010. Atualmente, os valores empregados no setor são referentes a menos de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo o especialista em Infraestrutura da CNI, Matheus de Castro, o cenário não é pior por conta do aumento de programas de concessão e desestatização. Hoje, os fundos privados respondem por 70% dos investimentos anuais.
O professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e pesquisador em Economia de Infraestruturas com ênfase em transportes, Gildemir da Silva, destaca que os recursos devem se complementar, assim quando um não puder atuar, o outro precisa estar presente. Os progressos na infraestrutura trazem mais competitividade para a economia.
Expansão da agenda de desestatizações
O país contou com aumento da operação privada em locais de exploração de petróleo e gás, de distribuidoras e geradoras de energia elétrica, e de setores de telecomunicações e de saneamento básico.
É previsto que ainda neste ano, ocorra uma maior participação privada em todos esses setores, com a realização de leilões e vendas de ativos já feitos e previstos até o fim do ano.
Atualmente, o dinheiro privado atua em 44 aeroportos federais, 367 terminais e áreas portuárias arrendadas ou autorizadas, 30 mil quilômetros de ferrovias, e 24,7 mil quilômetros de rodovias, o que corresponde a 12% da malha pavimentada do país.
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