Saúde avalia opções para enfrentar escassez de medicamentos e insumos

Diretores e secretários do Ministério da Saúde estão promovendo encontros com representantes de empresas farmacêuticas para analisar a possibilidade de flexibilização das normas de compras de medicamentos por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A meta é preparar o país para uma eventual escassez de medicamentos e insumos nos hospitais do país, sobretudo no Sistema Único de Saúde (SUS).

O ministério recebeu as demandas municipais e tem monitorado uma relação medicamentos relatados por gestores municipais como de difícil compra. No momento, 86 medicamentos estão nessa lista. Para 11 substâncias vinculadas a esses fármacos, a entidade solicitou alíquota zero de taxa de importação. São elas: amicacina sulfato, aminofilina, cloridrato de dopamina, diprona, fludrocortisona, leuprorrelina, neostigmina, oxitocina, rivastigmina, sulfato de magnésio e bolsas para soro fisiológico.

A participação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica é fundamental para que não haja cobranças excessivas por insumos e medicamentos, sobretudo em localidades menores.

Motivos para falta de medicamentos
Dentre diversos fatores que influenciaram esse cenário, estão as medidas de isolamento na China, devido a um surto de Covid-19 no país. Assim, foi estabelecido um problema de suprimento de contraste iodado. Além disso, a pandemia de coronavírus iniciada em 2020 gerou um “desarranjo na cadeia mundial”, que impactou todo o mercado farmacêutico.

A falta de medicamentos e insumos em clínicas e hospitais gera temores entre médicos e administradores de hospital desde o mês passado. Segundo a Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), a situação mais caótica é vinculada ao suprimento de soros hospitalares e contrastes radiológicos.

A Confederação Nacional dos Municípios fez um levantamento em junho, ressaltando a escassez de medicamentos básicos como amoxicilina, azitromicina, prednisolona e dipirona nas farmácias. Segundo as prefeituras, o problema é ainda mais grave com a falta de medicamentos mais complexos, utilizados no tratamento, por exemplo, de leucemia. Segundo o balanço, 80,4% dos municípios reclamam de e falta de medicamentos da lista básica ou componente básica. Tais relatos também são de conhecimento do ministério.

 

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