Diante dos diversos efeitos devastadores da guerra, a Ucrânia pedirá aos detentores de títulos internacionais que concordem com um atraso de dois anos nos pagamentos de sua dívida, para que o país possa concentrar seus recursos financeiros restantes para vencer a Rússia.
Enfrentando uma queda de 35% a 45% do produto interno bruto (PIB) de 2022 após a invasão de Moscou em fevereiro, parlamentares aconselharam o Ministério das Finanças do país a negociar o adiamento da dívida de cerca de US$ 20 bilhões até 15 de agosto.
A medida seria bem-vinda diante de um momento para adiar cerca de US$ 1,2 bilhão em pagamentos de dívidas com vencimento no início de setembro.
Em uma tentativa de evitar o que seria classificado como um calote, Kiev pretende propor aos credores, que incluem governos e muitos dos maiores fundos de investimento do mundo, pagamentos de juros adicionais assim que o congelamento for finalizado.
A Ucrânia estimou um déficit fiscal de US$ 5 bilhões de dólares por mês, que segundo especialistas é referente a um déficit fiscal de 25% do PIB, em comparação com apenas 3,5% antes do conflito.
Estudiosos da Escola de Economia de Kiev estimam que será preciso um valor superior a US$ 100 bilhões para reconstruir todo o país, e o chefe do poderoso braço financeiro da União Europeia, o Banco Europeu de Investimento, alertou que pode chegar a trilhões.
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