A taxa de vacinação contra o sarampo no Brasil segue abaixo do esperado. Segundo o Ministério da Saúde, 47,08% das crianças receberam o imunizante em 2022, sendo que a meta de cobertura vacinal é 95%. A proteção contra a doença é feita com a vacina tríplice viral, que imuniza também contra a caxumba e rubéola, e faz parte do calendário de vacinação.
A tríplice viral é normalmente aplicada em duas doses. A primeira, tomada com um ano de idade, e a segunda, com 15 meses. A campanha deste ano será encerrada em dezembro. A medida do ano passado foi baixa, somente 50,1% do público-alvo no país recebeu a segunda dose da vacina tríplice viral.
Diante da baixa cobertura vacinal, há o avanço da doença. Depois de ter recebido a certificação de país livre do sarampo pela Organização Pan-americana de Saúde (Opas), em 2016, o Brasil voltou a registrar, nos últimos anos, o avanço da doença em todo o território nacional. O Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde mostra mais de 40 mil casos e 40 óbitos pela doença nos últimos quatro anos, sendo mais da metade em crianças menores de 5 anos.
Fiocruz
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) explica que o sarampo é uma doença infecciosa aguda, muito contagiosa e grave, principalmente em crianças menores de 5 anos de idade, pessoas adultas desnutridas ou com imunidade baixa, como as pessoas transplantadas, as que convivem com o vírus do HIV, ou que estão em quimioterapia, além das gestantes.
Mas, a Fiocruz destaca que o sarampo pode acometer qualquer pessoa.
Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde disse, por meio de nota, anunciou que por intermédio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), está criando e aumentando estratégias necessárias para combater os desafios e reversão das baixas coberturas vacinais, em parceria com estados e municípios.
OMS e Unicef
Na última sexta, 15, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) publicaram informações que indicaram a diminuição da vacinação infantil não ocorreu apenas no Brasil. Mundialmente, após dois anos de pandemia, foi registrada a maior queda contínua nas vacinações infantis dos últimos 30 anos.
Segundo as entidades, levando em consideração a dimensão territorial e o tamanho da população, o Brasil está entre os dez países no mundo com a maior quantidade de crianças com a vacinação atrasada. O país está na 8ª colocação.
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