A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu no início deste mês a importação, propaganda e venda de cigarros eletrônicos no Brasil.
O cigarro eletrônico é proibido no Brasil desde 2009, porém ainda é comercializado ilegalmente no país. Pesquisas apontam que o uso de dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) podem aumentar o risco de tabagismo e de dependência, além de causar danos cardiovasculares, pulmonares e neurológicos.
Somado a isso, um estudo realizado na Universidade de Duke, nos Estados Unidos, verificou que as concentrações de toxinas em cigarros eletrônicos com sabor são maiores do que o recomendado, aumentando o risco de intoxicação de órgãos.
Riscos dos DEFs e cigarros eletrônicos
Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) são um conjunto de diferentes equipamentos constituídos, em sua maioria, por bateria recarregável de lítio e um cartucho ou refil, contendo nicotina líquida, que é aquecida, liberando vapor. Eles são conhecidos por como cigarros eletrônicos, pods, vapes, e-cigarettes, entre outros.
Desde 2009, todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidos pela Anvisa, conforme resolução RDC nº 46, de 28 de agosto de 2009. A interdição se dá pela ausência de evidências científicas sobre a segurança do produto.
Ao tragar a fumaça, os usuários de cigarros eletrônicos absorvem o vapor que contém, além de nicotina, água, aromatizantes e inúmeros outros aditivos, incluindo substâncias tóxicas, carcinogênicas e que podem causar condições como enfisema pulmonar e dermatite. Além disso, as substâncias dos e-cigarettes inaladas podem provocar:
Pneumonia;
Asma;
Infecção pulmonar;
Doenças cardíacas;
Câncer.
Há, ainda, uma doença pulmonar ligada ao uso de cigarro eletrônico chamada Evali. O nome é uma abreviação em inglês para “lesão pulmonar associada ao uso de produtos como cigarro eletrônico ou vaping” e foi criado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).
Entre os sintomas da Evali, estão:
Dificuldade de respirar;
Dor no peito;
Febre;
Náusea;
Diarreia;
Tosse;
Dor abdominal;
Calafrio;
Perda de peso.
Como a identificação de Evali é recente, ela foi considerada uma doença em 2019, ainda estão sendo feitas pesquisas para indicar o melhor tratamento. De forma geral, é recomendada a suspensão do uso de cigarro eletrônico, acompanhamento com medicamentos antivirais e, em casos mais graves, internação e fornecimento de oxigênio.
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