O crescimento econômico da segunda maior economia do mundo sofreu forte diminuição no segundo trimestre, destacando o colossal impacto de lockdowns generalizados contra a Covid-19 na China.
Os dados desta sexta, 15, intensificaram o medo por uma recessão global, à medida em que as autoridades aumentam as taxas de juros para conter a inflação, aumentando as dificuldades dos consumidores e das corporações mundiais, ao mesmo passo em que combatem os reflexos da guerra na Ucrânia iniciada no dia 24 de fevereiro.
O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu apenas 0,4% entre abril e junho em comparação com o mesmo período de 2021. Esse foi o pior desempenho para o país desde o início da série de dados em 1992, excluindo uma contração de 6,9% no primeiro trimestre de 2020 causado pelo choque inicial da pandemia.
Além disso, a economia chinesa também foi alvo de uma expressiva desaceleração em relação ao crescimento de 4,8% registrado no primeiro trimestre.
Em relação ao trimestre, o PIB teve recuo de 2,6% no segundo trimestre em comparação ao trimestre antecedente, contra a expectativa de declínio de 1,5% e alta revisada de 1,4% no trimestre anterior.
Em março e abril foram, adotados lockdowns totais ou parciais diante dos novos casos de coronavírus, incluindo na capital comercial Xangai, que teve uma contração anual de 13,7% do PIB no segundo trimestre. A produção em Pequim caiu 2,9% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
Mesmo diante dos alívios das medidas restritivas, estudiosos ficam pessimistas em relação a uma recuperação econômica rápida. A China segue com a política “zero covid” e o mercado imobiliário do país está em profunda recessão e as perspectivas globais estão piorando.
A volta dos lockdowns em algumas cidades e a chegada da variante altamente contagiosa BA.5 têm gerado transtornos entre as empresas e os consumidores sobre um período prolongado de incerteza.
Nos seis primeiros meses de 2022, o PIB chinês cresceu 2,5% em relação ao ano anterior.
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