Obras de duas mulheres artistas de gerações e linguagens próprias vão tomar conta do Museu Nacional da República com exposições inéditas que investigam sentimentos e emoções. Holandesa residente na Chapada dos Veadeiros, Janet Vollebregt exibe 30 obras em “Esférica”, enquanto a brasiliense Azul Rodrigues exibe “120 córneas e meridianos imaginários”, sendo uma das mais jovens criadoras a ter uma exposição no local, gerido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec).
Os amantes da arte puderam começar a visitação na última sexta, 8, sendo uma opção de passeio cultural em uma programação de férias. “Pelo olhar único de Janet, o museu oferece um espaço para se pensar sobre cura e nutrir a esperança por tempos melhores. Já as obras de Azul Rodrigues são um gatilho para incentivar a produção de artistas locais”, destaca Sara Seilert, gerente do Museu da República.
Com mais de 30 trabalhos, que incluem esculturas, pinturas e instalações interativas, Janet Vollebregt explica que quer que os observadores reflitam sobre autoconhecimento e autocura. “A energia é uma parte fundamental do nosso ser e, nesse mundo em que usamos tanto a mente, nós nos esquecemos dela. Essa é minha paixão: trazer o invisível para que seja possível que as pessoas se reconectem com isso”, diz a artista.
Visando esse desejo, “Esférica” combina materiais diversos, como cristais e metais, em obras que refletem sua pesquisa sobre as propriedades energéticas do ambiente construído e sua influência nas pessoas e no planeta. Nascida em Leiden, na Holanda, a artista se radicou no Brasil em 2006 e encontrou, na Chapada dos Veadeiros (GO), os materiais e o ambiente perfeitos para seu acervo, que conta com conhecimentos técnicos e a experiência com arquitetura aos estudos sobre campos energéticos e processos de cura, usualmente ligados à medicina alternativa oriental.
Com sua mostra, a holandesa traz experiências como a série Totens, um conjunto de esculturas em metal escovado que simbolizam diferentes captadores de energia correspondentes aos sete chakras do corpo, e a instalação Seja Consciente, local em que o visitante vai a um ambiente formado por quartzos rosa e plantas naturais, vivenciando um processo que atua diretamente nas emoções.
Além disso, na área externa do Museu da República há mais duas exposições: o Portal Sintonia e o Grande Piercing. Enquanto a primeira produz uma vibração em 258Hz, a frequência ideal para acalmar e equilibrar, a segunda atua como uma joia que traz beleza à passarela desenhada por Oscar Niemeyer e atua como um talismã de proteção e honra ao espaço museológico.
Já Azul Rodrigues, 23 anos, reúne, em “120 córneas e meridianos imaginários”, 60 desenhos e vídeo-performances inéditos, por onde o espectador terá uma experimentação em representações de rostos, a partir de estudos de observação e exercícios de autorretrato.
Serviço
Exposições “Esférica”, de Janet Vollebregt, e “120 córneas e meridianos imaginários”, de Azul Rodrigues
→ Museu Nacional da República (Setor Cultural Sul)
→ De 8 de julho a 28 de agosto
→ Visitação: terça-feira a domingo, das 9h às 18h30
→ Entrada gratuita
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