Novas cores e significados enfeitam as paredes externas da sala Cássia Eller, no Eixo Cultural Ibero-americano (antiga Funarte). Foi inaugurado nesta quinta, 30, um mural confeccionado somente pelo público feminino que participa do projeto Mulheres Inspiradoras da Ibero-América: A arte urbana como instrumento de transformação social.
A iniciativa, do Escritório de Assuntos Internacionais (EAI) em parceria da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), é apoiada pela União de Cidades Capitais Ibero-americanas (UCCI). A proposta também acontece no contexto de Brasília como Capital Ibero-americana das Culturas 2022 (CIC 2022) e da vice-presidência temática de Cultura.
“É um privilégio para Brasília liderar esse momento de cooperação internacional, pensado no âmbito da CIC 2022 em parceria com Bogotá (Colômbia), Buenos Aires (Argentina) e Lima (Peru), para tratar de um tema tão importante que é a história de mulheres na cultura ibero-americana”, celebra a chefe do EAI, Renata Zuquim.
O titular da Secec, Bartolomeu Rodrigues, concorda: “O DF tem esse chamado de unir etnias, começando pelo próprio país, e não vamos deixar desbotar isso, não. As cores permanecerão sempre vivas”, afirma o secretário.
Mulheres Inspiradoras
O projeto Mulheres Inspiradoras da Ibero-América: A arte urbana como instrumento de transformação social começou nesta segunda, 27, com um seminário feito pelo professor Raphael Spode, no Espaço Cultural Renato Russo, sobre 12 mulheres notáveis na Ibero-América.
Ainda durante a abertura, a artista brasiliense Key Amorim ministrou uma oficina de arte urbana e personalização de ecobags, trazendo capacitação para as mulheres brasilienses.
Na terça, 28, e quarta, 29, as quatro artistas integrantes do projeto, convidadas por seus respectivos governos locais e membros da UCCI, trabalharam na confecção dos murais na parte externa da sala Cássia Eller. Além de Key Amorim e da mestre de arte popular Martinha do Coco, participaram as artistas MADA (Maria Daniela), de Bogotá; Agus Rúcula (Agustina Parravicini), de Buenos Aires; e Lynliet (Ailyn Yulye), de Lima.
Estiveram presentes para representar seus países, Diana Muñoz, coordenadora de arte em espaço público da Secretaria de Cultura, Recreação e Esporte de Bogotá; Magdalena Juricic, representante do Ministério da Cultura do governo da Cidade Autônoma de Buenos Aires; e Fabiola Figueroa, gerente de Cultura da municipalidade de Lima.
Além disso, o programa também teve a ajuda da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), do Espaço Renato Russo e do Eixo Cultural Ibero-americano.
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