A Ucrânia se tornará o mais novo membro da União Europeia nesta quinta, 23, medida que elevará o moral do país, conforme a batalha com tropas russas por duas cidades no leste ucraniano atingir o que uma autoridade chamou de “clímax temível”.
Mesmo que a aprovação do ingresso do país seja apenas o começo do que será um processo de anos, essa mudança é um marco geopolítico que irritará a Rússia.
Amanhã, 24, a guerra na Ucrânia completará quatro meses.
O conflito, que o Ocidente define como um conflito de agressão injustificada da Rússia, matou milhares, deslocou milhões e destruiu cidades, além de gerado reflexos nas economias mundiais.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, pediu aos aliados de seu país que acelerem o envio de armas pesadas para se igualar à Rússia no campo de batalha.
Os bombardeios aéreos e de artilharia maciços de Moscou buscam acabar com toda a região de Donbas, afirmou.
A Rússia concentrou sua campanha no sul e no leste da Ucrânia depois que seu avanço sobre a capital Kiev, nos estágios iniciais do conflito, não teve êxito diante da resistência das tropas ucranianas.
A guerra em Donbas, centro industrial da Ucrânia, é mais crítica nas cidades-gêmeas de Sievierodonetsk e Lysychansk, que ficam em lados opostos do rio Siverskyi Donets, na província de Luhansk.
As forças ucranianas estavam defendendo Sievierodonetsk e os assentamentos próximos de Zolote e Vovchoyrovka, afirmou o governador de Luhansk, Serhiy Gaidai, na quinta, 23, porém os russo conseguiram capturar Loskutivka e Rai-Oleksandrivka ao sul.
Centenas de civis estão presos em uma fábrica de produtos químicos em Sievierodonetsk, enquanto os dois países se confrontam para ter controle da cidade.
Moscou afirma que os ucranianos na cidade estão cercados e encurralados. Mas, Gaidai disse à televisão ucraniana, na quarta, 22, que as forças russas não tinham controle total de Sievierodonetsk.
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