A União Europeia demonstrou seu apoio à adesão da Ucrânia ao bloco, juntamente com sua vizinha Moldávia, um cenário histórico para o leste da Europa gerado pela invasão russa na Ucrânia.
A Ucrânia solicitou a adesão à UE somente quatro dias após as tropas russas cruzarem sua fronteira no dia 24 de fevereiro. Quatro dias depois, o mesmo aconteceu com a Moldávia e a Geórgia, dois outros Estados ex-soviéticos que lutam contra regiões separatistas ocupadas por tropas russas.
O presidente ucraniano, Voloymyr Zelenskiy, prestou seus agradecimentos à chefe da Comissão Executiva da UE, Ursula von der Leyen, e aos Estados-membros da UE no Twitter por uma decisão que definiu como “o primeiro passo no caminho da adesão à UE que certamente deixará nossa vitória mais perto”.
É esperado que os líderes dos países do bloco tomem uma decisão definitiva em uma cúpula na próxima semana. Os líderes dos três maiores, Alemanha, França e Itália, apresentaram sua solidariedade nesta quinta, 16, visitando a capital Kiev, juntamente com o presidente da Romênia.
A Comissão recomendou o status de candidata para Ucrânia e Moldávia, porém disse que para a Geórgia também ingressar é preciso que o país atenda mais condições.
Ucrânia e Moldávia ainda passarão por um extenso processo para atingir os padrões exigidos para seu ingresso, e há outros candidatos na espera. Além disso, a adesão também não é garantida, um exemplo é que os trâmites estão estagnados há anos com a Turquia, oficialmente candidata desde 1999.
Se admitida, a Ucrânia seria o maior país da UE em área e o quinto mais populoso. Todos os três candidatos são muito mais pobres do que qualquer membro da UE existente, com produção per capita referente à metade do mais pobre, a Bulgária.
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